Vitória Strada fala do desfecho de Kyra: “Gravei um final dela com o Rafael e outro com o Alan”

Atriz contou ainda sobre o desafio de retomar o papel tantos meses depois e de se jogar na comédia


26 de março de 2021 00h31

Foto: Globo/João Miguel Júnior

Vitória Strada vem emendando trabalhos de sucesso, desde a sua estreia em novelas, em 2017, como a protagonista Maria Vitória, de Tempo de Amar. Um ano depois, ela viveu Cris Valência, outra mocinha de época, também no papel principal, em Espelho da Vida, além de dar vida à atriz Julia Castello. Assim, o público já aprendeu a amar essa artista que se joga a cada oportunidade que surge a sua frente. E não foi diferente com a Kyra/Cleyde, de Salve-se Quem Puder.

Na trama das 7 de Daniel Ortiz, que voltou ao ar sendo exibida desde o primeiro capítulo, após pausa por conta da pandemia, Vitória mais uma vez surpreendeu. E, agora, na comédia. Em entrevista online junto com parte do elenco para relançar a novela, colegas como Deborah Secco, Juliana Paiva e o próprio Daniel Ortiz brincaram que ela praticamente virou a divertida e estabanada Kyra na vida real também. “Eu me joguei mesmo... A minha namorada falou que me conheceu séria e que depois, com a Kyra, eu chegava doida igual a personagem em casa”, diverte-se, referindo-se à atriz e diretora Marcella Rica, de quem está noiva.

Rafael (Bruno Ferrari) e Kyra (Vitória Strada). Foto: Globo/Camilla Maia

Como foi a sensação de voltar ao trabalho alguns meses depois da pausa e descobrir os desfechos da trama e dos personagens? Ou não descobrir, né? Porque, em muitos casos, como no meu, por exemplo, a gente não sabe qual o final vai ser exibido. Eu gravei dois finais, um com o Bruno (Ferrrari – o Rafael) e outro com o Thiago (Fragoso – o Alan), e a gente não sabe qual vai ser exibido. Só o Daniel (Ortiz -autor) sabe ou talvez nem ele saiba ainda.

Como é retomar um personagem após tanto tempo, tem que ter uma nova preparação ou colocou o figurino e vaiNo início da pandemia, a gente não sabia quando iríamos voltar e se íamos voltar. Tivemos algumas reuniões depois de dois meses, três meses. E eu ficava muito ansiosa justamente por não saber quando iríamos voltar. Então, a Kyra sempre teve muito viva dentro de mim naquela expectativa de voltar a ter o texto em mãos e voltar o quanto antes.

Alan (Thiago Fragoso) e Kyra (Vitória Strada). Foto: Globo/Paulo Belote

Os teus colegas brincam que a Vitória virou a Kyra durante um tempo, é isso mesmo? A gente tem todos os nossos personagens dentro da gente, a gente se entrega muito para fazer. E a Kyra foi um grande desafio pra mim, porque eu tinha vindo de duas mocinhas de época, com uma composição completamente diferente, o jeito de falar, a postura de andar... E você vai para uma novela atual, onde você joga mais o texto, é uma comédia. Eu não sabia fazer comédia, eu achava que eu não sabia fazer nada daquilo. Então, eu pensei, o único jeito de eu conseguir encontrar a minha verdade dentro dessa personagem é me jogar completamente. Ou eu me jogava ou não ia dar certo. E eu me joguei tanto, gostei de ter Kyras dentro de mim durante muito tempo. Eu me apaixonei por esta personagem, e é um luto quando acaba, porque a gente sente falta daquela pessoa que trouxe alegria para você. A minha namorada (atriz e diretora Marcella Rica) que fala, eu conheci uma Vitória séria e quando ela começou a fazer a Kyra, chegava em casa doida. Era a Kyra chegando em casa. E é isso, eu falei para ela, eu sou assim... Quando eu tiver fazendo Julia Castelo, você vai ter um pouco de Julia em casa, quando tiver fazendo Kyra vai ter uma Kyra em casa...

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