Gênesis: José ganha Abumani como amigo e cúmplice e faz pacto em meio aos dias de sofrimento como escravo

O rapaz incentivará o jovem a não desistir e confiará no Deus dele


06 de setembro de 2021

Foto: Blad Meneghel/RecordTV/Montagem

Desde o momento em que os irmãos cometem a atrocidade de vendê-lo como escravo ao mercador Issad (Ricardo Dantas), os dias de José (Juliano Laham) serão de grande sofrimento, em Gênesis. Mas em meio a tanta ruindade, ele ganhará um amigo: o escravo Abumani (Dudu de Oliveira). O rapaz estará na gruta escura assim que José é colocado após se rebelar contra o mercador. Em meio à desconfiança inicial de um e outro, aos poucos eles se tornam cúmplices.

Depois de ganhar água do amigo, após não conseguir cumprir o trabalho na pedreira, José provará também a sua lealdade. Tudo acontece quando um grupo de cuxitas, do povo de Abumani, invade a pedreira para libertá-lo. Na confusão, vários escravos fogem. José corre e, no meio do caminho, tenta salvar uma moça, que havia sido abusada pelos patrões. Mas logo vê que ela está morta. E quando vai fugir, ele vê Abumani dominado e sendo enforcado por um capataz.

JOSÉ EXPLICA A ABUMANI PORQUE NÃO FUGIU E QUIS AJUDÁ-LO: “SE FOSSE EU NO SEU LUGAR, PRECISANDO DE AJUDA, GOSTARIA QUE VOCÊ FIZESSE O MESMO POR MIM”

Num ímpeto, José se aproxima por trás e dá uma paulada na cabeça do capataz. Mas logo é acertado por Ashur (Alexandre Lino), dono da pedreira, e perde a consciência, enquanto Abumani é amordaçado. Um tempo depois, já na gruta, José acorda. “Sinto muito, Abumani. Eu queria poder ter...”, diz. O escravo o corta, ríspido. “Por que você voltou? Por que não fugiu quando eu te dei a chance?”. José conta que correu, mas o viu sendo enforcado e quis ajudá-lo. Abumani o encara. “Então você é mais burro do que eu imaginava!”. José fica ali, acuado.

O silêncio impera, até que Abumani fala. “Eu não teria voltado pra te buscar”. Novamente, ele pergunta a José por que ele desperdiçou a oportunidade de fugir. “Porque se fosse eu no seu lugar, precisando de ajuda, eu gostaria que você fizesse o mesmo por mim”. O escravo fica sem graça, e José dá um pequeno sorriso. “Mas tudo bem... é muito confortante saber o quanto eu posso contar com você...”. E logo diz que está tudo certo. “Você me ajudou e eu te ajudei. Estamos quites”. O rapaz assente, entendendo o gesto de bondade que José teve com ele.

ABUMANI A JOSÉ: “OBRIGADO. EU TE DEVO A MINHA VIDA. NUNCA VOU ESQUECER DO QUE VOCÊ FEZ”

Instantes depois, quando José está recostado, com os olhos fechados, Abumani o chama. “Obrigado. Eu te devo a minha vida. Nunca vou esquecer do que você fez”. José o olha e fala que no fim não adiantou nada, porque os dois continuam como escravos. Em seguida, um conta para o outro a sua história. “Trégua?”, diz Abumani. “Eu nunca estive em guerra com você, mas tudo bem... trégua”, fala José, que ri, assim como Abumani. Mais tarde, Abumani tem uma ideia. “A gente devia fazer um acordo. Um pacto... Que a gente um dia vai conseguir voltar pra casa. Que custe o que custar, eu vou voltar pra Cuxe e você pra Canaã”. Os dois selam ali o pacto.

Nesse momento, a gruta é aberta, e eles são avisados que partirão para o Egito. No caminho, arrastado por camelos, José começa a desfalecer. Abumani o levanta. “Você tem que ficar firme”. José reúne forças e segue adiante. Abumani puxa assunto para distrair o amigo, que ri em meio a tanta dor. “Tenho a impressão de que foi Deus que colocou você no meu caminho”, fala José. Abumani dá uma risadinha. “Se é assim, vou fazer um acordo com você. Se nós dois chegarmos no Egito vivos, vou passar a cultuar o seu Deus”. José pergunta se cultuará só Ele. “Não, não. Uma coisa de cada vez. Vamos ver quando a gente chegar lá”, fala. José ri.