Maurício Pitanga estará em Gênesis: "Privilégio, num momento em que a profissão está tão afetada"

No ar também na reprise de Malhação, ator fala ainda da parceria com a namorada, Bárbara França


02 de março de 2021 23h17

Foto: Guto Costa

Depois de emendar algumas tramas na Record TV, como Lia e Apocalipse, Maurício Pitanga se prepara para seu mais novo desafio na emissora. Ele viverá Zebulom, na sétima e última fase de Gênesis. “Me instiga muito fazer parte dessa superprodução e, principalmente, poder trabalhar com o que eu amo num momento em que a nossa profissão está sendo diretamente afetada”, fala. O personagem, filho de Lia e Jacó, foi o fundador de uma das tribos que deu origem à Israel.

Indagado sobre a sua relação com religião, o ator conta que nasceu em uma família católica, mas é aberto ao contato com diversos credos. “Creio em Deus e acredito que seja amor acima de tudo”, afirma. Maurício também festeja a reprise de Malhação: Sonhos, em que viveu o Luiz, da turma dos vilões. Ele define este trabalho como “divisor de águas na minha carreira”. No bate-papo, o ator  fala ainda da parceria com a namorada, Bárbara França, que também está em Gênesis, mas em uma fase diferente.

Foto: Guto Costa

Como você recebeu o convite para participar de Gênesis e o que mais te instigou nesse trabalho? Felizmente venho fazendo um trabalho atrás do outro na empresa e acredito que isso tenha culminado para o convite de trabalhar em Gênesis. Levando em conta que é a maior superprodução da Record e a novela com o maior elenco da história da teledramaturgia brasileira, me instiga muito fazer parte disso. Sinto-me privilegiado.

Seu personagem Zebulom é o sexto filho de Lia e Jacó, na última fase da trama. Como você definiria o personagem e que mais chamou a sua atenção no papel? Zebulom foi o fundador de uma das tribos que deu origem à Israel, um homem de personalidade forte e determinado. Existe uma inveja reprimida no personagem, talvez pela falta de atenção do pai e mediante o fato de ter tantos irmãos e não estar entre os preferidos.

Como você tem visto a repercussão da trama, curte novelas bíblicas? A Record está se superando, ousando com efeitos cinematográficos e acredito que está sendo um sucesso, a audiência crescendo e cada vez mais se consolidando como uma das gigantes do mercado brasileiro e internacional, pois essas novelas tem uma demanda muito forte lá fora também.

Foto: Guto Costa

E como é a sua relação com religião? Nascido em uma família católica, sou muito aberto e já tive contato com diversas religiões. Eu creio em Deus e acredito que seja amor acima de tudo. Procuro sempre exercer a gratidão e fazer o bem, sempre praticando a empatia. Acredito muito mais na ação do que na palavra, penso que devemos praticar o bem sem olhar à quem.

Sua namorada, Bárbara França, também está na trama, mas em outra fase. Como é a troca e a torcida de vocês para um e para outro nos trabalhos, conversam muito? Pois é! Sempre quisemos fazer um trabalho juntos, esse foi na trave. A gente se ajuda muito, estamos sempre vibrando com as conquistas um do outro e nos ajudamos bastante quando necessário, seja para bater textos, gravar vídeos para os testes. Enfim, é muito bacana o fato de estarmos trilhando caminhos semelhantes, os sonhos coincidem e isso facilita muito a nossa jornada.

Você também está no ar na reprise de Malhação: Sonhos. O que representou para você esse trabalho? Malhação foi um divisor de águas na minha carreira, foi fundamental para o meu crescimento profissional e como ser humano, depois de muitos “nãos” o “sim” veio no momento certo.

Foto: Guto Costa

Quais as maiores lembranças dos bastidores? Sincronicidade é a palavra. Trabalhávamos muito, mas com muito alto astral e diversão, sempre tinha alguém tocando um violão ou cantando pelo corredor. Foi demais. O que me marcou muito também foi a peça de teatro que saí em turnê com parte do elenco após o fim das gravações, um excelente intercâmbio cultural, rodamos o Brasil inteiro.

O Luiz é da turma dos vilões. Pra quem não viu a trama, o que você falaria dele. Dá para defendê-lo? O Luiz era um órfão que queria se dar bem na vida, sofrendo de ausência paterna, acabou elegendo para tal papel o seu professor de muay thai, que passava longe de ser um bom exemplo. O que não justifica nem um pouco os seus atos.